15 maio 2013

MITO X REVELAÇÃO BÍBLICA.


O NT, O apóstolo Paulo se refere 4 vezes aos mythoi (mitos em grego); Os mitos são histórias profanas inventadas por velhas (1Timóteo 4: 7), que promovem as controvérsias ao invés da edificação do povo de Deus na fé (1Timóteo 1: 4). Entre os judeus havia muitas dessas fábulas, histórias fantasiosas (Tito 1: 14). Já que as pessoas preferem os mitos á verdade (2Timóteo 4: 4), Timóteo e Tito, a quem Paulo escreveu estas passagens, deveriam adverti-las, eles mesmos deveriam abster-se de envolver nesses mitos. A advertência era necessária, pois os cristãos das igrejas sob a responsabilidade deles vinham de uma cultura permeada por mitos. O próprio Paulo se encontrou varias vezes com esses mitos. Uma delas foi em Listra, quando a multidão o confundiu, junto a Silas, com deuses do Olimpo e queria fazer-lhes sacrifício (Atos 14:11). Outra foi em Éfeso, quando teve que enfrentar o mito local de que uma estátua da deusa Diana havia caído do céu, da parte de Júpiter, o chefe dos deuses (Atos 19:35). Em todas essas ocasiões, Paulo procurou separar as pessoas dos mitos e trazê-las à fé na ressurreição de Cristo. De acordo a Paulo, os mitos são criações humanas, oriundas da negativa do homem de aceitar a verdade de Deus. Ao rejeitar a revelação de Deus, eles inventaram deuses e historias desses deuses para si, o que são as chamadas religiões pagãs (Romanos 1:17-32).

Pedro também estava perfeitamente consciente do que era um mito. Quando ele escreve a seus leitores acerca da transfiguração e da ressurreição de Jesus, faz uma cuidadosa distinção entre esses fatos que ele testificou pessoalmente, dos MYTHOI - “fabulas artificialmente compostas” (2Pedro 1: 16). Ao que parece, Paulo e Pedro junto aos profetas e autores do AT, estavam perfeitamente conscientes da diferença entre uma historia real, atestada por testemunhas oculares e histórias inventadas. Dizer que os autores bíblicos criaram mitos, significa dizer que eles sabiam que estavam mentindo e enganando o povo com historias inteligentemente inventadas por Eles. Através da historia, os cristãos consideraram os mitos como algo a ser substituídos pela fé na revelação bíblica, que registra os poderosos atos de Deus. Por isso, equiparar as narrativas bíblicas aos mitos pagãos é validar a mentira e a falsidade em nome de Deus. É adotar uma mentalidade pagã, não cristã.

A idéia de que Deus ou os deuses podiam descer sob a forma de homens era uma visão comum nos tempos do Novo Testamento. Vejamos os exemplos no livro de Atos:
 Atos 14:11-13 “E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a sua voz, dizendo em língua licaônica: Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós. E chamavam Júpiter a Barnabé, e Mercúrio a Paulo; porque este era o que falava. E o sacerdote de Júpiter, cujo {templo} estava em frente da cidade, trazendo para a entrada da porta touros e grinaldas, queria com a multidão sacrificar-lhes”.

» É digno de nota que Paulo e Barnabé não aproveitaram esta oportunidade para explicar que Eles não eram deuses vindos em forma humana, mas Jesus (que supostamente foi “Deus feito homem”). Em vez disso, eles argumentaram contra a base mitológica de tais crenças pagãs e práticas:
Versos 14 e 15 “Ouvindo, porém, {isto} os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram os seus vestidos, e saltaram para o meio da multidão, clamando, E dizendo: Varões, por que fazeis essas {coisas}? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que VOS CONVERTAIS DESSAS VAIDADES ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, e o mar, e tudo quanto há neles;
Como esta parte da Escritura indica, a maioria das pessoas influenciadas pela religião e a cultura dos gregos e romanos, acreditavam em uma variedade de mitos envolvendo a mistura de deuses animais, homens e até mesmo mulheres. Por exemplo, os romanos acreditavam que Rômulo e Remo foram gêmeos nascidos de uma mãe mortal com Marte, o deus da guerra. Uma loba encontrou os bebês e cuidou deles. Um pastor encontrou os gêmeos e os trouxe até a idade adulta. Os gêmeos decidiram construir uma cidade no local onde o lobo os encontrara, mas Rômulo matou Remo e fundou Roma, supostamente em 753 a.C.

O principal deus do panteão grego, Zeus, visitou a Danae mulher humana sob a forma de chuva de ouro e foi pai de Perseus, um “deus-homem”. Coincidência?
Hércules (Héracles), filho de Zeus enganou Alcmena, personificando o marido. Em sua descida para o reino da morte, tornou-se o Salvador do seu povo.
Outro mito pagão muito estreitamente aparentado à idéia da Encarnação é o de Dionísio. Filho de Zeus e da princesa Semele, foi o único deus filho de uma mortal, o que faz dele uma divindade grega atípica.

A mitologia foi uma parte integrante da vida de uma pessoa média no primeiro século, e muitos governantes tentaram associar o nascimento dos seus próprios filhos com um deus. Devido a este cenário mitológico das religiões pagãs da época, o apóstolo Paulo fez um grande esforço para se comunicar e escrever a base histórica para a crença em Cristo, sofrimento, morte e ressurreição, de acordo com profecias faladas por gerações anteriores. Em vez de mitos inventados pelo homem, e privados da possibilidade de autenticação, Paulo e os crentes da Igreja primitiva declararam sua fé em um Messias que foi PROFETIZADO e, especificamente uma figura histórica viva

Apenas o verdadeiro Deus poderia tanto declarar suas intenções com antecedência e, em seguida, executá-las perfeitamente em uma maneira que pudesse ser verificada por testemunhas oculares e pelos discípulos depois da Bíblia. Ninguém jamais foi uma testemunha ocular das fábulas da mitologia, que foram mantidas vivas pela credulidade ingênua de devotos de religiões pagãs. Também não foi a vinda de qualquer figura mitológica com precisão profetizada séculos antes, em um conjunto coerente de literatura profética. A fé cristã, portanto, está sozinha entre os sistemas de crença de todo o mundo que, com exceção do judaísmo, baseiam-se em mitologias inverificáveis.
Em contraste, os cristãos são acreditados por sua fé nas escrituras, e fundamentos racionais historicamente verificáveis, de modo que seu testemunho não pode ser desacreditado por tais descobertas.

Existe obviamente um sentido em que Jesus se encarna ou “encarna” Deus, não como uma figura mitológica, mas como aquele a quem Deus enviou para representá-lo perfeitamente e fazer a Sua vontade: Envio significa “comissionamento” para uma tarefa especial, não o conceito corrente que seria “SAIR DO CÉU E VIR A TERRA”.

Jesus é um homem que encarna em tudo o que é e o que faz o LOGOS, que é a expressão de Deus. Ele é o Filho, o espelho da imagem de Deus, que é Deus para o homem e no homem. Ele pronuncia as coisas de Deus, ele faz as obras de Deus. Ele é o seu plenipotenciário, totalmente comissionado para representá-lo como um ser humano. Ele fala e age com o “eu” que é um com Deus, totalmente identificado e ainda não idêntico, o seu representante, mas não a sua substituição, e certamente não a sua réplica, como se ele fosse o próprio Deus, vestido como um ser humano.

Ele não é um ser divino que veio à terra sob a forma de um homem, mas o único ser humano normal em quem o LOGOS ou a expressiva atividade própria de Deus foi totalmente incorporada.

Um outro forte argumento contra a idéia de que Deus se fez homem para nos redimir é que não existe uma única profecia que apóie esta idéia. Em nenhuma parte do corpo de literatura profética diz que Deus tenha pretendido fazer-se homem para redimir a humanidade. Todas as profecias predizem sobre um ser humano que seria singularmente qualificado e habilitado para reinar e estabelecer a justiça na terra. A esperança messiânica tinha em sua raiz uma antecipação de um ser humano, que pudesse representar completamente Deus na terra. É por isso que a profecia falava tão claramente “o espírito do Senhor repousará sobre ele” (Isaías 11:2). Este ser humano teria certamente alguns atributos divinos, a fim de realizar seu trabalho, mas é ir longe demais dizer como o Novo Dicionário da Bíblia, à página 558 que: O relato do Antigo Testamento de vários títulos, funções e relações com a Divindade, serviram para preparar a mente judaica para a doutrina cristã de uma Divindade trina, que está necessariamente ligada com a da Encarnação.

O fato é que nada disso preparou o espírito judaico para a idéia de uma divindade trinitária, como é evidenciado pelos milhões de judeus monoteístas que ainda acham a idéia da trindade como absurda.
Marcelo Alexandre do Valle

1 comentários:

Estou alegre por encontrar blogs como o seu, ao ler algumas coisas,
reparei que tem aqui um bom blog, feito com carinho,
Posso dizer que gostei do que li e desde já quero dar-lhe os parabéns,
decerto que virei aqui mais vezes.
Sou António Batalha.
Que lhe deseja muitas felicidade e saúde em toda a sua casa.
PS.Se desejar visite O Peregrino E Servo, e se o desejar
siga, mas só se gostar, eu vou retribuir seguindo também o seu.

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