Ser Corinthians não é questão de escolha. Não é uma opção que se faz, como quem escolhe um modelo de camisa ou a cor do carro que irá comprar. Já se nasce alvinegro, é algo que faz parte do nosso espírito. Faz parte de uma mística que só quem é Corinthiano pode compreender.
Ser Corinthians é saber valorizar as vitórias e aprender a se levantar após os reveses. É, mais do que tudo, sempre acreditar. Não desistir jamais, por pior que seja a perspectiva de momento. É fazer parte de uma nação, de um povo que pára todos os domingos e torce pelo mesmo objetivo. É esquecer as mazelas da vida, a corrupção, a pobreza, a fome, o desemprego, para se focar numa só meta: a vitória.
Ser Corinthians é ter participado da construção de um passado de glórias, sempre almejando um futuro ainda melhor. É estar ao lado do time, no campo, através da televisão ou de um simples radinho de pilha. É gritar, xingar, sorrir e chorar, seja de alegria ou tristeza.
Ser Corinthians é sempre estar disposto a defender o time nas acaloradas discussões sobre futebol, no escritório, na padaria ou no botequim. É lembrar das conquistas e dos heróis que as alcançaram com muito suor e vontade. É ter guardado na memória a maestria e inteligência do doutor Sócrates, o oportunismo do Casagrande, a habilidade do Rivellino, a raça do Biro-Biro, os petardos do Neto, as obras-primas do Marcelinho, as embaixadinhas do Edílson, a irreverência do Vampeta, os milagres do Dida, entre tantos outros momentos mágicos.
Ser Corinthians é rir dos nossos próprios defeitos. É tentar esquecer do Jatobá, Dicão, Gralak, Alcino e companhia limitada. É lembrar que até mesmo com eles, fomos campeões em diversas oportunidades. E eles certamente tiveram a honra de vestir uma das camisas mais importantes do futebol mundial.
Ser Corinthians é se orgulhar da folclórica invasão de 76 ao Maracanã. É ter vibrado com o gol do Basílio, decretando o fim de um jejum de 23 anos. É ter comemorado o primeiro título brasileiro em cima dos anfitriões, em pleno Morumbi. É ter conquistado o primeiro mundial da FIFA, apesar da inveja dos adversários. É ter assistido os nossos cronistas esportivos (na sua maioria bairristas e nacionalistas) serem obrigados a reconhecer e dar o título de maior jogador do ano a um argentino, Carlitos Tevez.
Ser Corinthians, enfim, é ter a satisfação de poder dizer que se tem algo em comum com Washington Olivetto ou Antônio Ermírio de Moraes. É ter a certeza de que o Corinthians é muito mais do que um bando formado por Dualibs, Nesis, Duprats, Kias e Boris. Porque a má fase e os dirigentes corruptos passam, mas o Corinthians, a exemplo do rei Pelé, é eterno.
Aqui tem um bando de louco
Louco por ti Corinthians
Aqueles que acham que é pouco
Eu vivo por ti Corinthians.
Louco por ti Corinthians
Aqueles que acham que é pouco
Eu vivo por ti Corinthians.
Eu canto até ficar rouco
eu canto pra te empurrar
vamos vamos meu Timão, vamos meu Timão
Não Para de Lutar!
eu canto pra te empurrar
vamos vamos meu Timão, vamos meu Timão
Não Para de Lutar!
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